Fome

Balzac dizia: “Atrás de cada fortuna há um crime”.
Jornal Nacional, 24/11/97: um “concerto” tenebroso e horripilante de vozes infantis a interpretar uma partitura de notas dissonantes pelo flagelo da fome, um canto de choro funesto igual nos filmes de Boris Karloff. Na despensa (?), um pouco de farinha de mandioca e alguns gramas de açúcar, únicos ingredientes para alimentar quatro crianças na mais tenra idade, uma das quais, de colo.
O que poderia acrescentar a este texto para, objetivamente, contribuir para corrigir a infâmia?
Aceito sugestões.
Publicado em dezembro/1997