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Cadê o PIB que estava aqui? — O gato comeu…

O desenho de J.Lima tem como plano de fundo o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente da República. Em primeiro plano Dilma Roussef aterrorizada pelo gênio Chico Anísio, que por conta da crise econômica que o país vem atravessando não sai de uma lâmpada mágica, mas de uma vela. Ele lembra a uma amedrontada presidente que o PIB pequenino de 2012, e o que se projeta também reduzido para 2013 podem complicar o projeto de se reeleger nas eleições do ano que vem.

O polegar e o indicador de Chico nesta posição ilustram o bordão famoso “E o salário oh!”, que ele pronunciava sempre ao final de uma palhaçada, uma asneira qualquer de seus alunos ignorantes da Escolinha do Professor Raimundo, programa humorístico que o comediante mantinha na Rede Globo. Ao fundo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, retratado como a personagem de “O Grito”. No original do pintor norueguês Edvard Munch, a figura andrógina (que apresenta traços e comportamentos imprecisos) aparece como um ser atormentado, demonstrando estar passando por uma crise existencial. Qualquer semelhança com um ministro que se encontra envolvido por tantos problemas…, não é mera coincidência.

Quanto mais baixo for o PIB, menos o país (no caso aqui) produziu, isto é, sua economia vai mal das pernas. Em 2012 o PIB brasileiro foi 0,9%, percentual ridículo comparado com 5 ou 6% que, noto nos debates entre especialistas, parecem ser os números ideais. E para 2013 estes especialistas projetam 2,7%, mais alto que o índice de 2012, mas cerca da metade do ideal. O fator mais preponderante da variação do PIB é o consumo. Quanto mais se compra, mais o PIB sobe. E isso significa que a coisa não está tão maravilhosa como gosta de propagar o “guvernu dus cumpanhêro”.

Publicado em junho/2013