Aqui eu guardo meus escritos.

Obrigado pela visita.

Caminhar é preciso; até as pedras sabem disso

 

— Ei, Pedrita, vamos dar um passeio?

— Agora, não, Petri, estou cansada.

— Mas você prometeu que ia dar uma voltinha comigo, para ficarmos mais à vontade, longe destes pedregulhos indiscretos e fofoqueiros…

— Tá bom, então vamos. Mas não muito longe, porque tenho de voltar antes que mamãe Petrerústica e papai Pedrentelho cheguem em casa. Se não me virem…, apedrejam-me depois!

— Ok, benzinho. Estou com desejo tão pétreo…, sabe…

— Isso que você está pensando nessa cacholinha dura, meu bem, só depois, quando o Dr. Rolando Rocha fizer nosso casamento.

— Uns beijinhos, pelo menos?

— Uhhmmm…, uhmmm…, tá. Mas não se atreva passar disso. Qualquer sinal de abrasão…

— Fique tranquila.

E assim foram nossos heróis dar uma voltinha no Vale Pedregoso, estimulados pelos insondáveis caminhos do amor. Nove meses depois…, nasce um lindo casal de gêmeos: Pietra e Meteorito.

Estória bobinha? Concordo. Mas não me julguem um completo viajante das galáxias. Saibam que as pedras andam. Sim, acredite, as pedras andam sozinhas! Se não o fazem em dupla, como o casal desta minha ridícula ficção, saem por aí solitariamente, sem lenço e sem documento. Infelizmente, para os fãs de mistério, cientistas descobriram a causa. Vejam aqui:

 

 

Publicado em junho/2013