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Angelina Jolie mutila-se por amor à vida e aos filhos

 

Estava dia destes pensando sobre a decisão tomada pela planetária e estonteante atriz Angelina Jolie, que já havia se submetido em 2013 a uma dupla mastectomia (retirada dos dois seios), e agora fez o mesmo com os ovários. “Até aí morreu o neves”, como se dizia tempos atrás quando da falta de novidade, como seria o caso se ela estivesse doente.

Mas não morreu o neves coisa nenhuma, porque ambas as mamas da atriz, bem como seu sistema reprodutivo estavam absolutamente sãos, normais, positivos e operantes, assim como todo o resto do conjunto que a faz tão curvilínea e bela, inteligente e talentosa. Acontece que os médicos lhe haviam dado uma notícia brutal: de acordo com as probabilidades genéticas baseadas em históricos familiares, ela tinha nada menos que 87% de chances de desenvolver câncer de mama e 50% de ovários. E aí, recompondo-se da desolação que informação semelhante causa a qualquer mortal, veio a demonstração da coragem e capacidade de renúncia desta minha nova ídala (não se fala “presidenta” por aí?).

Valente! Mandou às favas a chance de contrair a doença e encara a menopausa precoce — e toda a sorte de inconvenientes que isso acarreta — aos 40 anos. Emocionem-se: pesou na decisão dela não somente a vontade de um viver prolongado, mas de não deixar órfãos prematuramente seus sete filhos (três biológicos e quatro adotados). 

Que maior exemplo de amor pode uma pessoa demonstrar? Se é tão difícil conviver com qualquer perda, maior o sofrimento de ficar órfão. E a generosidade admirável levou Jolie a amputar seus órgãos até então saudáveis para que os filhos tenham a chance de adiarem a tristeza da orfandade.

Aplausos, Angelina!

Produzido em abril/2015 – Publicado no Blogger em fevereiro 2017