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Mais uma criança mordida por cachorro em Bom Jesus

Cerca de um mês antes do ataque do cão Pit Bull à menina Amanda, de cinco anos, no bairro Pimentel Marques, em Bom Jesus do Itabapoana — caso de grande repercussão — outra criança havia sido igualmente atacada por um cachorro, este de raça imprecisa, no mesmo bairro. De acordo com o Boletim de Ocorrência da 144ª DP, de 27/9/04, a mãe de Glayce Kelly S. Dias, de três anos, disse que sua filha brincava na calçada em frente a sua casa e que ela estava na varanda cuidando do outro filho menor e de um sobrinho quando ouviu gritos da menina. Encontrou-a defronte a casa do vizinho, proprietário do cachorro agressor, que fica quase ao lado da sua. “Encontrei minha filha na calçada, duas casas depois da minha. Cheguei a ver o cachorro saindo de cima dela. Ela estava com uma marca roxa no peito e a boca suja de sangue”, afirmou Luciana Rosa da Silva. Wagner F. da Silva, proprietário do animal, estava viajando a trabalho no dia do incidente. Em seu depoimento, ele disse que o cachorro fica preso no quintal da casa da mãe, que também estava ausente da cidade para tratamento de saúde, mas que o cão ficou preso no quintal da residência, que tem muros de aproximadamente dois metros de altura e não sabe explicar como ele fugiu. “É a primeira vez que isso acontece. Ele nunca mordeu ninguém”, disse Wagner. Ao tomar conhecimento do fato, ele disse que pediu sua companheira para que fosse até o local e fornecesse toda a assistência necessária à criança. “Mas a mãe da menina não aceitou”, concluiu.

Publicado em abril/2013

Sopão do Bela Vista tem ingredientes de amor

Uma das características positivas do brasileiro é ser solidário. Embora os tempos modernos tenham exacerbado a competitividade pela vida e com ela avivado o culto à personalidade e ao egoísmo, o brasileiro de modo geral felizmente não perdeu a sensibilidade e a capacidade de se mobilizar para ajudar o próximo. Vê-se diariamente na TV campanhas de arrecadação batendo recordes e recordes, em várias modalidades, seja de alimentos, recursos financeiros, agasalhos, remédios, etc., não apenas para proveito de outros brasileiros, mas até de povos longínquos em países devastados por guerras ou intempéries.

Um exemplo disso está bem perto. A Associação de Moradores do Bairro Bela Vista, de Bom Jesus do Itabapoana. Atuando num dos segmentos sociais carentes da cidade, pouco assistido pelo poder público que falha escandalosamente na sua missão precípua de fornecer as condições básicas para a população porque envolto num emaranhado de dilemas políticos, financeiros e burocráticos (o que não é prerrogativa apenas de Bom Jesus), esta entidade e tantas outras acabam por suprir, mesmo que a duras penas o que o Estado inepto, voraz em arrecadar e tímido em distribuir não consegue disponibilizar para esta parte majoritária da sociedade.

Além da demanda de remédios, alimentos e até cadeiras de rodas, a Associação canaliza de modo eficaz o sentido solidário dos mais aquinhoados para proveito dos que precisam, e ainda distribui sua famosa sopa a mais de 100 pessoas todas as quintas-feiras. Este jornalista acompanhou a refeição coletiva feita no último dia 9 e pôde constatar (também enchendo a barriga) não apenas a textura, o sabor, o tempero equilibrado e a variedade de ingredientes, inclusive carne em proporções razoáveis, como também a aura de satisfação e de alegria dos beneficiados. Espalhados na pracinha do bairro, na penumbra (as lâmpadas da iluminação pública estão queimadas), as pessoas seguem o ritual de quase dois anos de alimentação ao ar livre. Muitas traziam marmitas de casa e toda a sobra, desde o produto final até os eventuais ingredientes são doados à comunidade. Não há limites, come-se à vontade.

Ajuda pública praticamente inexiste
Além dos membros da diretoria, quatro voluntários se esforçam para arrecadar os ingredientes e preparar o alimento. Macarrão, batata-doce, batata inglesa, repolho e outros legumes e hortaliças se juntam à carne para produzirem um prato substancioso e de paladar agradável. A reputação da sopa é tanta que há pessoas que vêm de outros bairros, inclusive do município vizinho de Bom Jesus do Norte e da zona rural para saboreá-la. “É pena que só podemos comer uma vez por semana. Se pudesse todo o dia seria ótimo”, disse Reinalda de Souza, que sempre leva os seus quatro filhos e outros parentes. “A prefeitura não ajuda em nada. Ou melhor, quando começamos, conseguimos alguns pratos e talheres. Mas foi só. Às vezes, quando estamos no sufoco, vamos lá e conseguimos uns quatro quilos de canjiquinha, mas isso é muito pouco para a grande demanda”, afirmou Marcelo Ribeiro, tesoureiro da Associação. Segundo ele, o esteio que dá sustentação à continuidade do benefício são os voluntários e algumas empresas, e acrescenta que devido à intensa procura, a Associação chegou a sonhar com a construção de um galpão em área próxima disponível. “Quando chove amontoa todo mundo no coreto. Tentamos ajuda com a prefeitura, mas nada.” O presidente Antônio Carlos Zanon disse, esperançoso: “O Seu Carlos (Carlos Borges Garcia, prefeito eleito este ano) prometeu que vai nos dar todo apoio e acreditamos nele”. A Associação foi agraciada pela Câmara de Vereadores, em 2003, com uma Moção de Aplausos pelos relevantes serviços benemerentes que presta à comunidade do bairro.

De voluntária a usuária – Dona Luzia e o filho não perdem uma
Luzia Risse de Oliveira, viúva, 65, e seu filho José Geraldo R. Oliveira, 33, não perdem uma quinta-feira de sopa. Há 10 anos aproximadamente residindo no bairro, ela já foi voluntária no preparo e na distribuição do alimento, mas diz que a idade e os problemas de saúde a obrigaram a parar. “Hoje sou apenas beneficiária. Trago minha marmita e levo para casa porque às vezes tenho vontade de comer só mais tarde. Aí basta dar uma esquentadinha e comer”, diz, acariciando a barriga com ares de satisfação. Seu filho José Geraldo, jardineiro licenciado devido a um acidente de bicicleta, casado, pai de um filho, elogia: “A sopa é muito boa. Não perco uma”.

A qualidade é elogiada pela maioria dos usuários. Alguns, no entanto, fizeram restrição quando eventualmente é servida canjiquinha, dizendo não gostarem. “Este alimento é utilizado apenas como complemento, quando a Associação encontra dificuldades para arrecadar a quantidade adequada de legumes e hortaliças”, explica Zanon. As empresas que colaboram regularmente são: Supermercados Varejão I e II; Mercado Tiradentes; Rede Show e Supermercado 5 Irmãos; Supermercado Pinheiro; Supermercado MR; Supermercado Peg-Pag; Açougue Ressil; Colégio Agrícola e Bom Gás.

Uma história de arrepiar
Marcelo Ribeiro contou uma história comovente que presenciou há cerca de cinco, seis meses. Ele disse que chegou uma senhora com o marido e dois filhos, e a mulher comeu tanto que desfalecera. Um médico estava próximo, tomando cerveja, a examinou e disse ser desnutrição. Depois de socorrida, perguntaram ao seu marido, um homem que estava desempregado, o que poderia ter havido, se ela já tinha tido este problema. A resposta foi cortante. “Ela quase não come. A pouca comida que conseguimos ela dá para as crianças”, disse o homem.

A falta do que comer em casa não parece ser comum à maioria que vai em busca da sopa. Muitos são atraídos pela qualidade, pela vontade de variar, pela economia até. Seja como for, todos o fazem com a maior dignidade, sem constrangimento. Ao contrário, percebe-se a alegria e até um certo orgulho pela conquista infelizmente inalcançada por comunidades de outros bairros.

Voluntariado
Além da diretoria e eventuais colaboradores, quatro pessoas trabalham regularmente: Lucy Benfeytas, Franciano O. dos Santos, Ana Lúcia Pacheco Torres e sua irmã Lucinéia Pacheco Torres. Perguntada sobre a razão de estar ali toda semana, o que a inspira mais ao voluntarismo, Lucy Benfeytas respondeu emocionada, apontando para uma mesa cheia de crianças: “Essas coisas lindas. Precisa dizer mais?”

A Associação de Moradores do Bairro Bela Vista tem na presidência Antônio Carlos Zanon, empregado dos Correios de Bom Jesus do Norte e proprietário de um bar no bairro, onde é preparada a sopa todas as quintas-feiras. Fabiano Magalhães, funcionário do Colégio Padre Mello é o vice-presidente (presidente em exercício até este mês de dezembro) e o radialista Marcelo Ribeiro, tesoureiro, um dos mais atuantes, entre outros. Eles dizem que não apenas a sopa é distribuída, mas em algumas ocasiões especiais outras formas de assistência e integração são promovidas pela Associação. “Realizamos bingos, fazemos churrascos e viabilizamos a festa anual do bairro. No Dia das Crianças, este ano, conseguimos realizar uma festa sensacional com os artistas Júnior e Paulinho e Grupo WEF, com distribuição de doces e brinquedos para a criançada. A repercussão foi muito grande.”

Os três representantes da Associação, em nome de toda a diretoria agradecem o trabalho dos funcionários da entidade, dos voluntários e dos comerciantes que doam os alimentos. “É muito gratificante perceber a solidariedade destas pessoas. Elas se doam a uma causa nobre sem intenção outra senão a de ajudarem, a de exercitarem o senso de amor ao próximo.”

 Publicado em dezembro/2004

Dramática a situação dos moradores do Loteamento Aidê Lobo Junger, em São José do Calçado/ES

Bronquite: Maria Lúcia acha que Jéssica tem bronquite devido a poeira de cimento. “Muitas crianças daqui sofrem do mesmo problema da minha filha”, comentou

Angústia e apreensão são palavras que expressam a situação dos moradores do Loteamento Aidê Lobo Junger, conjunto de casas populares de projeto Federal iniciado no governo do ex-presidente FHC, cujos recursos para sua complementação foram bloqueados pelo atual governo. A comunidade do loteamento é composta basicamente de “invasores legais”, isto é, pessoas que embora cadastradas na prefeitura para receberem legalmente suas casas, as tomaram antecipadamente mesmo com as obras inacabadas. Além dos que invadiram na marra, outras famílias garantiram algumas unidades de forma consensual, mas a improvisação e a falta de estrutura são comuns a todas. A maioria dos moradores é procedente da parte de baixo do bairro Vala porque residia em área condenada pela Defesa Civil.

Transtornos
Os problemas da comunidade são muitos. A precária estrutura das casas, pequenos retângulos construídos com blocos de cimento, sem colunas ou vigas de sustentação, parecem oferecer riscos porque, além de se constituírem habitações erguidas de forma a mais econômica possível, a falta do acabamento os potencializa. Nenhuma casa conta sequer com emboço, um acabamento básico que fortalece a estrutura. As coberturas com telhas de amianto são o grande terror dos moradores porque venta muito no bairro, localizado em parte alta. “Aqui, quando venta, o telhado balança, chega a estufar. Muitos moradores perderam algumas telhas de suas casas, a gente vive num medo constante”, disse Luzimar da Silva, 23, que mora com o marido e três filhos no loteamento.

Bronquite e carrapatos
Vários moradores reclamam também do piso de suas casas. Todas foram disponibilizadas apenas com contra-piso, feito de cimento e areia para receber o revestimento final, no caso específico, cimento liso. José Ferreira Martins, outro morador, diz que quando as pessoas varrem suas casas, a areia da composição do piso vai junta. “Parece que usaram pouco cimento”, constata. Maria Lúcia Ribeiro, sua vizinha, diz que o seu piso vem causando problemas de saúde na filha Jéssica, 8, que assim como várias crianças do bairro, sofre de bronquite. “Levei a Jéssica no pronto-socorro porque ela estava com uma crise forte. O Dr. Alcir disse que pode ser por causa da poeira de cimento do piso”, contou Maria Lúcia. “Muitas precisam fazer nebulização constantemente”, acrescentou.

Maria da Penha Silva, outra moradora, foi incisiva: “Nosso lugar está abandonado, ninguém liga para nós. Nem latão de lixo temos aqui. Carrapato, nunca vi tanto”, declarou, informando que até o temido carrapato-estrela (transmissor da letal febre maculosa) ela já encontrou. A fossa sanitária é outro problema que começa a preocupar. Certamente construída em caráter provisório, ao se aproximar dela pode-se perceber umidade na superfície, indício de iminente transbordamento. O mau cheiro, que por enquanto só é sentido nas imediações, poderá vir a ser mais um transtorno, mais uma dor de cabeça para os moradores.

Publicado em dezembro/2004

Mulher bom-jesuense cai no golpe do bilhete premiado

 

Quando a dona de casa E.S.L. se dirigia ao banco no dia 1/12/04 para sacar sua pensão e o 13º salário, uma mulher negra, aparentando simplicidade exagerada e completa ignorância a abordou nas proximidades do Hospital São Vicente de Paulo, citando o nome de um homem muito conhecido nas redondezas, perguntando a E.S.L. se o conhecia. A estelionatária disse que este homem a teria informado que ela (a negra estelionatária) tinha sido premiada com R$ 20 mil num bilhete de loteria, ao mesmo tempo em que tirava da bolsa um falso bilhete e mostrava para a vítima. “É este aqui, oh. Ele disse que ganhei tudo isso, mas era para eu procurá-lo que ele vai me levar no banco porque eu não sei como receber”, afirmou a meliante.

Antes que E.S.L. pudesse responder, uma outra mulher, de cor clara (a comparsa disfarçada, que disse morar num prédio novo próximo à residência da vítima), passou “casualmente” pelas duas e imediatamente fora abordada pela negra:

“Você não conhece fulano de tal?”

A negra contou para a cúmplice a mesma história forjada, acenando o bilhete. Esta, representando um papel de pessoa mais esclarecida, pegou o bilhete. Deu uma olhada rápida, abriu desmesuradamente os olhos fingindo enorme surpresa: “Mas a senhora não ganhou apenas R$ 20 mil. A senhora ganhou quase R$ 1 milhão! Esse homem está querendo te enganar. Ele vai no banco, saca toda essa bolada e só vai dar R$ 20 mil para a senhora!”

Garantia exigida
Sempre lamentando a falta de malícia, E.S.L. contou que, a seguir, fora envolvida numa conspiração digna de um filme. “Elas eram muito convincentes. Perguntaram o que eu ia fazer; eu disse que ia no banco sacar um dinheiro. A mulher de cor clara me perguntou então se eu podia, juntamente com ela, ajudar a negra. Eu respondi que sim, era uma questão de solidariedade. Então ela disse para eu sacar o meu dinheiro, que elas me esperariam. Quando voltei, a mulher mais esclarecida pediu para ver meu comprovante. Depois de olhar, ela disse que eu tinha mais R$ 500 para receber. Eu não sabia. E não é que tinha mesmo? Voltei ao banco e realmente saquei mais R$ 500, empréstimo para aposentados que eu não sabia ter direito. Quando voltei novamente, ela me pediu o dinheiro para contar, saber se estava tudo certo. Dei-lhe a carteira, ela contou, disse que estava certo e me devolveu a carteira.”

E.S.L. suspira desanimada.  “Ela (a mulher branca) perguntou se eu não podia oferecer uma pequena garantia à negra para lhe conquistar confiança. Afinal, era uma quantia muito elevada que íamos sacar para ela. ´A senhora tem alguma joia?´ Disse que tinha, e fui buscá-las. Voltei e mostrei a sacola. Ela pegou, olhou dentro e me devolveu a sacola.” A dona de casa encara este jornalista, visivelmente envergonhada. “A branca disse para eu aguardar porque ela ia em casa rapidinho dar um lanche para a ´coitadinha´ da negra, que aparentava fraqueza. Eu estava com minha sacola de joias e o com a carteira com o meu dinheiro. Nem desconfiei. Depois de muito tempo esperando o retorno das duas, voltei para casa. Ao abrir a sacola para guardar as joias, meu chão sumiu: as joias se transformaram numa pilha e num bloco de rascunho. Abri a carteira e por pouco não desmaiei: nem um centavo dos R$ 1 mil que saquei no banco!

Emocionalmente abalada, E.S.L. mal conseguiu conter as lágrimas: “as joias eram uma pulseira, um cordão, uma aliança e um anel, todas de ouro maciço, presenteadas há muitíssimos anos pelo meu marido, numa época em que a gente as comprava de um ourives conhecido, que vendia de casa em casa. Eu guardava como recordação, tinham um valor sentimental muito grande. Nem saía com elas por medo de acontecer alguma coisa, e duas vigaristas levam assim tão facilmente”, lamentou a dona-de-casa, avaliando o prejuízo total em
aproximadamente R$ 6 mil.

A vítima ainda procurou o prédio novo que a ladra mencionara, mas lá chegando fora informada de que não havia tal pessoa. Ela então deu queixa na polícia, mas sem muita esperança de recuperar os bens.

PS. Esta é, em síntese, a versão da vítima. Mesmo envergonhada, E.S.L aceitou falar com a reportagem como alerta a futuras vítimas, exigindo apenas o anonimato.

Publicado em janeiro/2005

Casualidade livra calçadense de assalto; caminhoneiro descobre, por sorte, estranho mecanismo “plantado” em seu caminhão

Motorista de São José do Calçado/ES aborta trama cinematográfica. Carlos Augusto Barbosa descobriu por acaso estranho mecanismo que provavelmente seria utilizado para roubarem a carga que transportava. O 28/10/04 parecia um dia rotineiro na vida do caminhoneiro empregado da firma calçadense Alair Café. Ele saiu de manhã com uma carga de 210 sacas de café destinadas a Vila Velha/ES, mas um fato que nunca tinha lhe ocorrido em vários anos de trabalho mudou sua rotina, e possivelmente livrou-o de um assalto.

Ele esqueceu de abastecer o caminhão em São José do Calçado, algo nunca ocorrido, e ao ter de fazê-lo em Apiacá olhou casualmente embaixo do caminhão. Qual não foi a surpresa ao ver um estranho dispositivo. Pensando a princípio ser uma bomba, o caminhoneiro requisitou a Polícia Militar de Bom Jesus do Norte. Esta, por sua vez, acionou a perícia de Cachoeiro de Itapemirim, que informou ser uma engenhoca inteligentemente instalada, constituída por uma bateria de moto acoplada ao chassis por um ímã e uma espécie de furadeira. O mecanismo seria provavelmente acionado por controle remoto em algum ponto do trajeto, e ao furar o cano de combustível causaria entrada de ar e a consequente parada do motor.

O motorista reiterou nunca ter esquecido de abastecer o caminhão, acrescentando que costuma realizar o percurso até Vila Velha, direto, sem parar. Especula-se que a engenhoca tenha sido colocada no dia anterior, à noite, em Calçado, com o caminhão já carregado para partir de manhã. No entender de um PM, a estranha maneira de tentar roubar a carga partiu de profissionais provavelmente ligados ao crime organizado de roubo de cargas.

Um veículo “com defeito”, de rápida solução para quem conhece de antemão a causa, seria uma maneira adequada de praticar o roubo sem despertar suspeitas, atenuando os riscos de uma investida convencional.

Publicado em novembro/2004