Aqui eu guardo meus escritos.

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Festa do Carro de Boi em São José do Calçado/ES

A VII Festa do Carro de Boi, que será realizada simultaneamente com o III Festival de Sanfona e a XXXIIExposição Agropecuária, de 4 a 7 de setembro de 2008 no município de São José do Calçado, Extremo-Sul Capixaba vem se constituindo numa das mais representativas da região, trazendo para os dias atuais um pouco da história desse meio de transporte desbravador do progresso. Para os saudosistas, o evento sempre é uma excelente oportunidade de viajar no tempo, relembrando uma época em que a integração dos seres humanos com os animais domésticos era mais harmoniosa e proveitosa.

Para os jovens, também uma excelente oportunidade de visualizar os carros de bois e os carreiros, sentindo na prática o que os pais e avós lhes ensinam de um passado do homem em harmonia com o seu limitado poder tecnológico, que, entretanto, não lhes tolhia a dedicação ao labor diário, a alegria de viver e a fé no crescimento moral e material de sua comunidade. O tema inclusive foi magistralmente retratado no “O último carro de boi da Vila de Calçado”, livro do escritor e historiador calçadense Pedro Teixeira. O último miniconto do livro é um dos mais plangentes da literatura regional: trata da saga do carreiro Zé Bicuíba, que teve um fim trágico por sua teimosia em realizar o maior sonho da vida, a de entrar com seu carro de boi pelas ruas pavimentadas de um lugarejo.

O destaque da Festa de carros de bois fica por conta do carreiro José Benedito Nunes, 74 anos (foto), que sempre puxa o desfile conduzindo sua família em cima de um desses veículos. Pode-se dizer que Zé Benedito nasceu num carro de bois. “Criei minha família com essa profissão. Cheguei a viajar mais de 18 Km de uma só vez”, conta, orgulhoso.

José Benedito Nunes – Um carreiro entre tantos                 

Ele mantém vivo um comportamento comum na época em que não havia automóveis, muito menos asfalto nas estradas. E conta como eram identificados os proprietários dos carros: “A gente sabe é pelo canto do carro de boi”, explica, acrescentando que quanto mais pesado, mais estridente é o canto característico resultante da fricção do eixo com as rodas.

Ze Benedito é provavelmente o maior colecionador desse gênero rudimentar de transporte no Espírito Santo. Em sua propriedade ele mantém quatro carros, cada um podendo ser puxado por até oito animais. Ele tem hoje como companheiro de desfile o filho Sebastião Carlos e a neta Amanda, cada qual conduzindo um carro. Eles já desfilaram em Guaçui e Vargem Alta.

Publicado em setembro/2008

Deixá-lo morrer é covardia! O que mais causa danos ao Rio Itabapoana é o desprezo e a insensibilidade

 

Em abril de 1995 começou a ser elaborado na sua concepção acadêmica o Projeto Managé, criado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) a partir de uma solicitação feita à universidade por representantes das cidades limítrofes a Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste do R.J., e os de Bom Jesus do Norte, no Extremo-Sul do E.S., duas das que mais sofrem pelos problemas ambientais que a afetam o Rio Itabapoana.

Lançado oficialmente em 1997, o Managé foi um programa pioneiro que visava empreender ações integradas de ensino, pesquisa e extensão aplicadas à gestão pública, em prol do desenvolvimento regional sustentável da Bacia Hidrográfica do Itabapoana (264 km de extensão), integrada por 18 municípios dos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A UFF, no intuito de viabilizar todas as atividades do Projeto, além de desempenhar o papel de instituição coordenadora, tem, ou tinha como função exercer o de agente articulador, mediador e integrador nas instâncias política, institucional, técnico-cientifica e financeira, através de parcerias com órgãos federais, estaduais e municipais e com universidades brasileiras e estrangeiras, organizações não-governamentais e iniciativa privada. A duração estimada de 20 anos foi o tempo julgado razoável para que fosse estabelecida uma mudança das condições socioeconômicas, políticas e culturais que garantissem a sustentabilidade da Bacia.

Projeto submerso
Este projeto, no entanto, parece estar fazendo água. O próprio site oficial do Managé está desatualizado desde o início de 2000, remanescendo como chamada de capa do seu último informativo a inauguração da Usina de Rosal. Pouco ou nada se percebe de melhorias para o rio, seja no aspecto da integração politica pela busca de uma metodologia única para o portentoso objetivo comum aos 18 municípios, seja nas próprias ações efetivas de recuperação do importante manancial. Ate por isso, e fundamentalmente por ser com certeza o município que mais sofre principalmente pelo assoreamento que forma a cada dia mais e mais prainhas de areia grossa, preta de resíduos sólidos no leito do rio — qualquer cheia vira enchente — louvável foi a atitude de Bom Jesus do Norte em tentar chamar a atenção para os graves problemas do Itabapoana ao realizar a “Descida Ecológica” com canoeiros de ONGs ambientais do E.S. na última Festa do município, realizada em fins de abril último. A numerosa população do Bairro Silvana, que serpenteia quase toda a orla urbana bom-jesuense-do-norte do rio sofria os revezes da natureza em periodicidade intermitente, mas nos últimos anos o drama tem sido contínuo. Isto é sintomático de que a doença, em vez de regredir, está em alarmante progressão!

Falácias
Lamentável foram, todavia, a improvisação e a falta de planejamento para o evento, parecendo ter sido inserido às pressas na programação da Festa, num impulso que pareceu mais para cultuar aparências do que propriamente alcançar a finalidade real a que se destinava. Embora,  repita-se, foi uma atitude louvável, a pouca divulgação, o curto tempo para tonificar o apelo prejudicaram consideravelmente a adesão das pessoas à Descida, que na realidade não parece ter estimulado sequer as autoridades politicas da região, inclusive as das duas cidades citadas — as que mais sofrem as consequências das agressões ao rio, e, em represália, reações às vezes violentas do rio: as cerca de 20 embarcações, entre canoas, caiaques e botes, devem ter acomodado umas 30 pessoas. Na ponte que une as duas cidades, um número até expressivo de populares assistia a navegação. Apenas um vereador lá se encontrava. De Vitória vieram dois políticos de relativa expressão: a deputada estadual Luzia Toledo e o ex-presidente da Assembléia e atual secretário Estadual de Agricultura e Meio Ambiente do E.S., César Colnago. Da região, apenas os prefeitos de S.J.Calçado, de Apiacá e de B.J.Norte. O de Bom Jesus do Itabapoana mandou uma representante porque tinha compromissos oficiais mais importantes no horário programado para a Descida.

Conclusão
Não serão com ações pífias e de conteúdo empreendedor superficial como esse que o Rio Itabapoana poderá oxigenar melhor sua vida aquática. Em primeiro lugar, parece claro, é preciso surgir lideranças indiscutivelmente comprometidas com a ideologia do respeito ambiental, sinceras na sensibilidade e na disposição ao trabalho com criatividade. Daí à persuasão, ao diálogo, à distinção do parceiro realmente disposto e, daí, à união para ações conjuntas. Ainda que fosse possível só dois dos 18 municípios cuidarem do pedaço do rio comum a estes, de que adiantaria? Antes que o Itabapoana se transforme num Tietê, rio que edificou a maior megalópole do país, mas parece hoje estar em coma irreversível, urge que um prodígio de vontade coletiva aconteça para que se possa aproveitar o bom momento econômico do país que está “botando dinheiro pelo ladrão” sem saber em que empregá-lo.

O Governo Federal reclama a ausência de projetos consistentes para uma gama variadíssima de setores, entre os quais os relacionados ao meio ambiente, e os municípios podem e devem botar a cachola própria ou a de terceiros para funcionar em busca desses recursos. É necessário abolir a acomodação de quem se contenta estar a reboque dos respectivos Estados, à mercê do humor, da disposição e da consciência de seus governadores, tirando ad aeternum as castanhas do fogo com mãos alheias. O momento, se não for agora, poderá ser nunca. E às populações cabe a tarefa de exigir de seus representantes as atitudes em prol do rio que as serve, repudiando os discursos de pura retórica que não passam de escritas nas águas do Itabapoana, turvas de poluição e de descaso.

Publicado em maio/2007

Crianças fora da escola, prisão para os pais

 

Uma cultura secular não se muda da noite para o dia, senão com medidas duras, radicais. No Brasil periférico ainda vigora com mais intensidade do que se pensa a mentalidade rudimentar, dos tempos imperiais: braços devem ser mais utilizados do que a mente. Muitos pais ainda não se livraram do conceito de que os filhos não devem ir à escola para ajudar no trabalho doméstico, que lhes garanta o sustento. Alguns futuros pais deste fim de milênio, tal como predecessores centenários auguravam, torcem efusivamente para que a criança concebida seja do sexo masculino, mais capaz, portanto, ao trabalho duro, braçal.

Aliado a uma infraestrutura educacional adequada, tem de haver o rigor da lei para os cidadãos negligentes com os filhos: prisão para estes. Sim, prisão, a exemplo do que já é feito em vários municípios, como o da Serra/ES, por exemplo. Lá, quem deixar intencionalmente o filho fora das salas de aula poderá ser levado à prisão. Pais e responsáveis serão multados e detidos até um mês se não incentivarem crianças e adolescentes a estudar. A punição é prevista num Projeto de Lei em debate no Congresso Nacional, em Brasília, mas é realidade há um ano no município. E a ameaça deu resultado. Em 1999, nada menos que 99% dos alunos evadidos entre 7 e 14 anos voltaram às escolas, e os índices de evasão escolar caíram de 6% em 1998 para 0,9% no ano seguinte. Em números absolutos, significa dizer que, se 1.148 estudantes não frequentaram as aulas há dois anos, apenas 185 ficaram distantes dos livros no ano passado. “E não foi preciso prender ninguém. Os pais entenderam que podiam ser processados por crime de abandono intelectual”, disse a juíza Hermínia Maria Silveira Azouray, citando o artigo 246 do código penal.

Projeto tem custo zero 
Um dos pontos mais comemorados por autoridades do município da Serra é o custo zero do programa de combate à evasão escolar. De acordo com a secretária de Educação Márcia Lamas, o único gasto no projeto Pró-Escola seresume a cestas básicas doadas por quem é processado no Juizado Especial Criminal. “Não se pode alimentar o país de analfabetos. Basta boa vontade para reverter a evasão escolar e, consequentemente, diminuir a violência infanto-juvenil”, completou a juíza Hermínia Maria Silveira Azoury.

Se não foi necessário dinheiro, foi fundamental esforço e cooperação. Para pôr em prática e projeto Pró-Escola, representantes da Justiça e da prefeitura contaram com apoio de diretores do Ensino Fundamental. Listas com nomes e endereços de alunos faltosos foram reunidas e serviram para intimar pais a comparecerem em audiências na Justiça. Foram cadastrados 551 alunos. Do total, 499 retornaram às escolas e 52 não foram encontrados. “Cada diretor foi buscar o aluno em casa. E a cada bimestre são feitas novas listas. Para não ter desculpa, há 135 famílias cadastradas para receber cestas básicas”, observou Márcia Lamas.

Está aí uma boa ideia que pode ser implementada em Bom Jesus e região. Tolerância zero para o analfabetismo, para a ignorância, a maior calamidade a impedir o progresso material e espiritual da população.

Publicado em fevereiro/2000

Afasta de mim este cálice

 

Elegi com o auxílio do clima natalício (de conotação às avessas para mim) o tema que dele hei de estabelecer alguns considerandos próprios na atmosfera que mais domina corações e mentes nesta época. Não consigo mais absorver, nesta altura da vida e certa decepção pela carência do exercício da solidariedade, algum alumbramento capaz de descortinar em meu íntimo sincera alegria ou entendimento de coerência desta festa e das que dela se sucedem que justifique o estado de graça e encantamento.

Saibam de antemão os leitores que este texto pode deprimi-los. Parem por aqui se conseguem ver cores numa festa que encorpa as desigualdades, que recrudesce as injustiças, tonifica a hipocrisia e acirra a vaidade, deformidades milenares cuja evolução parece ter atingido o cume em nossa era. O artificialismo personificado em faces supostamente sensíveis e comovidas, atarraxadas por cima das verdadeiras, das atormentadas pelas vicissitudes sempre materiais, às vezes morais, é algo que embrulha os estômagos dos que embora obrigados a dançar para não perecer conservam aversão pela música e o ritmo.

Nesta época, a dissimulação e a impostura se revelam sem retoques. Mimos extremosos, sensações degustativas as mais sublimes, troca de afagos e as demais mesuras de sempre decorrem de atitudes pretensamente reverenciosas ao nascimento de Alguém que poucos se lembram no insano cotidiano e muitos sequer no 25/12. Saracoteiam à luz de velas e lampadinhas piscantes interesses egoisticamente afetivos, econômicos ou de poder.

A data natalícia se transformou num acerto de contas, um tempo de pretextos para nos justificar diante de um espelho com o aço corroído pelo esquecimento que temos para com nossas faltas e nossas a cada dia mais e mais robustecidas imperfeições. Em vez de nos voltarmos para nosso interior e questionarmos nossos valores de modo a modificarmos nossos passos, preferimos fingir. Sem querer generalizar e enfaticamente cultuando as gloriosas exceções (vos saúdo devotamente, homens e mulheres de boa vontade), boa parcela nos portamos no transcorrer do ano entregues à hipocrisia, simulando sermos o que gostaríamos, para os outros e para nós mesmos. Especialmente nesta época, em vez de nos prostrarmos diante da tribuna da consciência preferimos continuar a farsa, até nos apresentando de bons. E o que é pior: acreditando em nossas próprias mentiras!

Quem haverá que não condene (da boca para fora; envidar esforços para minorar, aí complica) a existência de amor e carinho para alguns, indiferença ou ódio para outros; castelos e mansões num lado, favelas e cortiços pestilentos a abrigar matérias infelizes, no outro lado; brinquedos caríssimos, de tecnologia avançada para uns poucos infantes privilegiados, e para a maioria sequer um boneco ordinário; comensais com as panças abarrotadas de iguarias as mais diversas e sublimes, noutras barrigas o ronco injurioso de uma fome abominável e maldita?

Em qual escritura está o dispositivo divinal que permite nossas papilas gustativas se agitarem freneticamente pelos salmões e caviares enquanto assistimos na TV gente pequenina e gente grande disputando sofregamente os monturos dos lixões nas grandes cidades? De suportarmos às vezes sem um franzir de cenho cenas como a daquelas crianças etíopes (e de outras nacionalidades mais) esqueléticas sugando sangue nas tetas de suas mães-zumbis com os olhos toldados pelo tormento da fome? A estas pessoas errantes, sem pátria, sem lar, sem razão, lhes é negada até mesmo a imponderabilidade da finitude da vida, a hora incerta para a sentença certa, que é a morte: vêem-na com indescritível pavor no dia a dia, dama da foice cruel, sanguinária. São nada menos que seres humanos, gente como nós, qual presas esfoladas vivas pelo predador, neste caso seu próprio semelhante.

O Filho de marceneiro que nasceu sem luxo e padeceu condenado pelas mãos de uma multidão ignóbil não podia ser tão afrontado, tão escarnecido, numa inversão de valores de tal ordem que se adequaria com mais propriedade se o que então se comemora fossem sua paixão e morte. Esta é a época do paroxismo da nossa encenação, onde os sentidos acumulados extravasam gloriosamente sob formas falsamente edificantes para retomarem sua face verdadeiramente corrompida e dissimulada com mais vigor nos dias que se sucedem.

Eis, leitor, leitora, o que experimento desde o momento da primeira piscadela de uma pequena lâmpada colorida, passando pelos irresistíveis apelos consumistas com as indefectíveis notas monocórdias e tediosas do Jingle Bell e as barbichas brancas em caras balofas, tão postiças quanto nosso modus vivendi. Perdoem-me por não lhes destinar as saudações de praxe. Falta-me legitimidade para o fazer porque também sou peça desta feroz engrenagem que move a vida em direção a mares revoltos da consciência para desaguar na farisaica província da hipocrisia, a mais povoada da alma.

Chegou até aqui? Parabéns!

Publicado em dezembro/2006

Tia Michelle

Tia Michelle é uma jovem professora da 2ª série do Ensino Básico da Escola Manoel Franco, em São José do Calçado/ES. É o seu primeiro ano nesta área sacrificante, a do Magistério, que tem infelizmente a atenção dos governantes de forma inversamente proporcional à enorme importância para o país. Reclamar com quem, entretanto, essa perversa inversão de valores? Com esse governo de Polichinelo? Com o papa?

É asqueroso que um deputado qualquer consuma num único mês, entre salários, mordomias e quejandos, o equivalente a 300 meses, ou 25 anos (quase uma carreira inteira), do vergonhoso vencimento das tias e tios brasileiros, sendo os professores os contribuintes pelo crescimento do país, e vários daqueles, pelo atraso, pela vergonha e pela injustiça social. A dedicação da Tia Michelle com seus alunos exemplifica a abnegação da maioria dos professores e das professoras brasileiros, movidos mais pela nobre causa da Educação do que pelos salários e condições precárias em que trabalham.

A vocação de educar é algo bonito porque significa compartilhar, produzir, modernizar, desalienar. Tal vocação é um dos mais sábios instintos da natureza humana, já que a própria perpetuação da espécie, de modo sustentável, passa obrigatoriamente pelo conhecimento. Meu filho Gabriel, de oito anos, estuda com a tia Michelle. Qual não foi meu espanto quando o vejo chegar certo dia, juntamente com alguns coleguinhas, em prantos, num chororô coletivo. Deles tomei conhecimento de que outros colegas, meninos e meninas, também estavam inconsoláveis porque a tia Michelle teria se despedido deles, iria assumir outra função não sei onde.

Até aí, nada demais, crianças costumam ter essas reações, depois se acostumariam com a outra tia. Qual nada! O chororô continuava numa progressão anormal, uma semana de olhos vermelhos, recusa em voltar para a escola, cochichos e comentários entrecortados de soluços, assunto “tia Michelle” sempre à tona até mesmo nos jogos de videogame, onde a alegria pela traulitada no vilão era neutralizada pelos sentimentos da lamentável perda.

Mas eis que a tempestade serenou, depois de uma semana de chuvas torrenciais. O choro se transformou em euforia, a tia Michelle continuará com eles, não sei se pela pressão emocional ou se decorrente de outras resoluções pessoais. O importante é que os lamentos cederam vez a vibrantes manifestações de alegria, a paz voltou a reinar.

Certamente que a tia Michelle vai gradualmente se aprimorar na profissão, se é que a levará adiante. A experiência gradativamente conquistada lhe apontará a forma de capitalizar esse seu carisma em prol de um ensino mais objetivo e proveitoso, para que a euforia infantil de agora se transforme em gratidão e reconhecimento adulto do futuro. Apesar da podridão política, que parece nunca ter fim!

Publicado em junho/2005